

CPCIL
Centro Português para a Criatividade, Inovação e Liderança
Como identificar um sobredotado?
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Finalmente referência aos sobredotados na legislação!
5 de Setembro, 2012
Pude, finalmente, de ler o ante-projecto sobre Educação Especial, emanado do Ministério de Educação há algumas semanas atrás. Embora a TSF me tivesse contactado para ouvir uma opinião - infelizmente, ligando-me na pior altura – às 8:20, os alunos a entrarem na sala de aulas, o corredor cheio de jovens a falarem alto, um barulho ensurdecedor – foi impossível o contacto.
A primeira nota é, sem sombra de dúvida, de regozijo. Quase 20 anos depois - a temática entrou em Portugal em meados dos anos 80 - há, pela primeira vez, coragem política para se utilizar a palavra sobredotado
A segunda, é todavia, de desalento. Lamenta-se que, apesar destes 20 anos de sensibilização e tentativa de mudança de mentalidades - recorde-se que nos Estados Unidos investigação sobre esta temática data dos finais do séc. XIX - os nossos legisladores tenham recuado ao início do século XX e incluam os sobredotados na Educação Especial e apresentem a definição de sobredotado com base em excepcionais (?!!?)capacidades de aprendizagem e no grau de maturidade. Porquê excepcionais?

Ainda acerca dos sobredotados na legislação ... Algumas incongruências ...
20 de Setembro, 2012
Comecemos pela definição/sinalização referida no artº 11 do anteprojecto, que refere no ponto 2 que “A sinalização incide igualmente sobre crianças e jovens sobredotados, no sentido de identificar, nomeadamente as excepcionais capacidades de aprendizagem e um adequado grau de maturidade ou as especiais aptidões para determinadas aprendizagens” enquanto que no ponto 3 acrescenta “A sinalização efectua-se por iniciativa dos pais ou encarregados de educação ou do educador de infância, professor ou director de turma, ou independentemente dessa iniciativa quando a necessidade de sinalização seja notória para as entidades responsáveis”.

Casos de bradar aos céus!!
March 15, 2013
O J. é um menino de 7 anos, franzino e simpático. Veio ao CPCIL por sugestão do professor de 1º ano que dizia à mãe que ele era sobredotado e até escreveu tal “barbaridade” na ficha informativa do final do 3º período. Queria acelerar o aluno para o 2º ano, mas como era professor contratado nunca encontrou apoio no doutro grupo de colegas, foi ministrando os conteúdos do 2º ano mas no ano lectivo seguinte foi colocado, sabe-se lá onde, se é que conseguiu sê-lo
Nesse verão a mãe veio de longe com a criança para fazer a avaliação, entre o ansiosa e o descrente, pois os problemas da vida diária eram e são mais que muitos cada vez mais complicados.

Reflexões
April 22, 2013
A manhã ia a meio e o estômago reclamava das quase quatro horas de inatividade. Não apetecia muito, mas era preciso descer os três pisos ou pelas escadas ou pelas rampas, pejadas de jovens, a lembrar os trabalhadores a saírem das fábricas no filme de Chaplin, e respirar fundo para enfrentar a azáfama do exíguo bar sempre atafulhado de gente, cheiros e ruídos. Aproveitava-se também para dar uma olhada na sala de professores, irrespirável e mal cheirosa, impregnada de tabaco - algo ilegal a que ninguém punha cobro – para, de fugida, verificar se havia alguma informação dos serviços admnistrativos ou de carácter pedagógico, colocada na gaveta individual. Como faltavam ainda mais 3 horas para o final das aulas da manhã, era conveniente passar pelos WC - apenas dois para mais de uma centena de professores - instalados unicamente no res-do-chão (!!). (E os dos alunos na cave!!??) Que estranho edifício! Tanta área desperdiçada. Tão pouco funcional!